Mapa da ocupação militar
americana na região do Golfo Pérsico / Mostafa Ahmadi-Roshan, 32, cientista
iraniano morto ao sair de casa, em Teerã (em 12.1.2010), vítima de bomba
acionada por controle-remoto (http://www.freerepublic.com/focus/f-news/1790687/posts#comment)
Para
o professor de Relações Internacionais da PUC-SP Reginaldo Mattar Nasser, a
estratégia “antiterrorista” de assassinar seletivamente civis sempre foi
adotada pelos Estados Unidos e Israel, de forma declarada ou escamoteada.
Nasser
observa que, até pouco tempo, a eliminação seletiva de pessoas só se justificava
quando entendida como último recurso para se evitar um ataque iminente. Não é o
caso do Irã neste momento.
Na
ótica de Nasser, o modus operandi – a
eliminação de cientistas em caráter “educativo” – defendida por um “porta-voz
brasileiro dos fundamentalistas americanos”, o jornalista Caio Blinder, só se
explica com base em uma nova modalidade de doutrina, a “dos assassinatos seletivos
preventivos”.
Para
se produzir uma bomba atômica, além da obtenção e do processamento de
quantidades adequadas de urânio, é necessário o desenvolvimento de mísseis e
ogivas, o que envolveria centenas ou até milhares de pessoas qualificadas
(cientistas, engenheiros, operadores).
O
professor da PUC-SP lembra que 90% das mortes de americanos no mundo são
causadas por armas e munição produzidas nos EUA, o que – pela mesma lógica da
nova doutrina em curso – nos levaria a crer que, para poupar a vida de milhares
de seus cidadãos, os responsáveis da indústria bélica daquele país deveriam ser
assassinados.
Segundo Nasser, o Sr. Blinder não é tão incauto assim, a ponto de ignorar o número de civis que
precisariam ser exterminados no Irã, a pretexto de impedir que aquele país disponha de um arsenal de armas nucleares capaz de desestabilizar a região.
Vai
saber a motivação do eminente jornalista. Religiosa não deve ser, já que se
declara praticante do judaísmo. A menos que no Torá (livro sagrado dos judeus)
esteja prevista a prática de tamanha barbárie.
Nenhum comentário:
Postar um comentário