Coletores solares
térmicos sobre telhado de casa em Pozuelo de Alarcón, Madri
(Divulgação Bleninser: www.bleninser.es)
A empresa espanhola Bleninser Geotermia – especializada em soluções energéticas sustentáveis – instalou em uma residência de luxo em Pozuelo de Alarcón (nas cercanias de Madri, Espanha) um projeto inovador, que combina energia geotérmica e energia solar (térmica e fotovoltaica).
A ideia é
tornar a edificação energeticamente autossustentável, explorando os recursos
bióticos disponíveis localmente.
O
carro-chefe do projeto é a energia geotérmica – energia solar armazenada no
solo a poucos metros de profundidade – uma fonte energética limpa e renovável, utilizada para resfriar o ar ambiente no verão e aquecê-lo no inverno.
Esta
fonte de energia alimenta uma “bomba de calor”, uma tecnologia de climatização bastante
difundida na Europa, especialmente na Alemanha e França.
Comprovadamente,
a poucos metros de profundidade a temperatura do solo é praticamente igual à
temperatura média do ar ambiente naquele local. Daí a principal vantagem do uso
da energia geotérmica para climatizar.
O transporte
da energia é feito por água circulando em tubos, que podem ser instalados
horizontal ou verticalmente, dependendo da disponibilidade de terreno.
O projeto
da bomba de calor geotérmica da Bleninser não é o primeiro a ser desenvolvido
na Espanha. Em 2004 foi instalado um equipamento experimental desses na Universidade Politécnica de Valência (Projeto GeoCool), com uma potência de
17,5 kW, gerando uma economia de energia de 60% (resfriamento) e 73%
(aquecimento).
A instalação
de Pozuelo de Alarcón tem 19 kW e abastece uma casa de 400 m2 de planta. Sua
inovação é o uso combinado da bomba de calor geotérmica com coletores solares e
painéis fotovoltaicos (potência adicional de 9 kW), o que aumenta a eficiência global do
sistema.
Este complemento
solar faz com que a casa disponha de um sistema autossuficiente para prover
conforto térmico o ano todo e aquecer água de uso sanitário, incluindo o
aquecimento de uma piscina.
O excesso
de energia gerada pelo Sol é, ainda, aproveitado para outras finalidades, o que
“deve reduzir em 90% a conta de eletricidade e gás da residência”, diz o
diretor executivo da Bleninser, Antonio Martín.
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