Engenheiro marroquino entre fileiras de concentradores da usina de Ain Beni Mathar
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É no Saara marroquino que serão instaladas as primeiras usinas a base de fontes renováveis, que vão gerar eletricidade para países europeus. Há um ano, foi inaugurada a usina termelétrica híbrida de Ain Beni Mathar, no Nordeste do país, que gera 20 MW (mega watt) de origem solar, mais 452 MW produzidos a partir da combustão de gás natural.
A tecnologia solar utilizada é a de concentradores cilíndrico-parabólicos (parabolic trough). Um campo de concentradores dispostos em fileiras captam os raios solares e transferem essa energia em forma de calor para um fluido especial que circula dentro de um tubo posicionado no foco da parábola. O fluido chega a atingir 400oC, e então aquece a água de um circuito que dispõe de uma turbina acoplada a um gerador elétrico.
A tecnologia solar utilizada é a de concentradores cilíndrico-parabólicos (parabolic trough). Um campo de concentradores dispostos em fileiras captam os raios solares e transferem essa energia em forma de calor para um fluido especial que circula dentro de um tubo posicionado no foco da parábola. O fluido chega a atingir 400oC, e então aquece a água de um circuito que dispõe de uma turbina acoplada a um gerador elétrico.
A energia produzida pela usina de Ain Beni Mathar responde por 13% de todo o consumo elétrico do Marrocos; o país tem uma enorme disponibilidade de radiação solar e um grande potencial eólico, e pretende servir de “vitrine de ponte” para o transporte de eletricidade limpa da África para a Europa.
Usina híbrida (solar-gás) de Ain Beni Mathar, no Saara marroquino
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Até 2020, o país magrebino deverá dispor de uma capacidade de 2.000 MW de centrais termosssolares instaladas em cinco localidades, mais 2.000 MW gerados por parques eólicos, “impulsionando o desenvolvimento tecnológico e industrial dessas regiões e gerando cerca de 50 mil postos de trabalho qualificados”, diz a Agência de Energia Solar do Marrocos.
Um projeto europeu (Desertec) vai propiciar a construção de uma primeira usina solar, de 500 MW, em Ouarzazate – prevista para entrar em operação em 2015 – com o objetivo de exportar para a Alemanha a maior parte da energia produzida.
Até o final do ano, será implementada uma experiência-piloto de transferência de eletricidade do Marrocos para a França, por meio de uma linha de transmissão submarina de 1.400 MW que liga o país africano à Espanha.
A meta do Desertec (um consórcio de países europeus, Egito e Arábia Saudita) – até o final das próximas quatro décadas – é prover 15% da demanda elétrica da Europa com energia importada de centrais solares e eólicas instaladas no Saara do norte africano. O custo total do empreendimento deve chegar a 400 bilhões de euros, segundo estimativa divulgada pelo Le Monde no último dia 6.
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