sexta-feira, 17 de junho de 2011

Renováveis no Brasil: capacidade instalada com eólica, biomassa e pequenas hidrelétricas deve dobrar até 2020, diz EPE

De acordo com Plano Decenal, até o final da década participação de fontes renováveis na matriz energética deve crescer 1,5%

http://www.treehugger.com/files/2009/02/wind-vs-nuclear-energy-wind-power-deemed-far-more-dangerous.php

Mesmo com um aumento de 100% das fontes alternativas de energia limpa na geração elétrica, a participação global de recursos renováveis no perfil energético nacional deve crescer muito pouco: de 44,8% (em 2010) para 46,3% em 2020, segundo o comunicado divulgado no último dia 6 pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

“Segundo o novo planejamento energético de médio prazo, haverá uma leve queda da participação da hidreletricidade nesta década, bem como da lenha e carvão vegetal”, diz o documento.

O gráfico abaixo mostra que esta redução deve ser compensada pelos derivados da cana-de-açúcar, especialmente o etanol.

Evolução da matriz energética brasileira: projeção para 2020, em relação a 2010
http://www.epe.gov.br/imprensa/PressReleases/20110606_1.pdf

Embora a produção de petróleo e derivados deva aumentar significativamente nos próximos anos, observa-se uma queda de sua participação na composição do perfil energético. Isto se explica pelo fato de que a maior parte desse aumento de produção será destinada à exportação.

O Plano Decenal de Energia (PDE) prevê um crescimento de mais de 60% da demanda energética total nos próximos dez anos, estimando que em 2020 os setores da indústria e transporte responderão por cerca de 67% do consumo total.

O PDE aposta na eficiência energética como importante aliado para a redução do consumo, projetando para o final da década uma economia de 25% na demanda total (ou 440 mil barris de petróleo) com a implantação de equipamentos e processos mais eficientes, particularmente na indústria. Em termos de energia elétrica, a economia pode chegar a 7 GW (giga watt) – potência superior à capacidade das usinas do Complexo do Rio Madeira, diz o comunicado.

A capacidade instalada total do país deve passar dos cerca de 110 GW atuais para 171 GW até o final de 2020. Isto será possível graças à priorização de fontes renováveis (hidráulica, eólica e biomassa).

A queda (de 76% para 67%) na participação das hidrelétricas deve ser compensada pelo aumento da geração oriunda de fontes renováveis alternativas, como a eólica, termelétricas à biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que deve passar de 8% para 16% da capacidade total. Destaque para a geração eólica, que deve aumentar de 1% para 7% sua participação na matriz elétrica brasileira.

O investimento total em energia previsto para o período 2011-2020 é de R$ 1,02 trilhões, sendo 23% para a expansão do setor elétrico (geração e transmissão), 67% para petróleo e gás natural e 10% para biocombustíveis líquidos (R$ 97 bilhões para o etanol).

Fonte: http://www.epe.gov.br/imprensa/PressReleases/20110606_1.pdf

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