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quarta-feira, 23 de novembro de 2022

COP27: um pequeno passo para o Sul global e uma grande falta de ambição

Criação de fundo para ‘perdas e danos’ é maior conquista da cúpula climática; omissão sobre redução drástica de emissões, seu maior fracasso

Manifestação pela criação de um fundo para compensar “perdas e danos” causadas pela mudança climática, em 17 de novembro em Sharm El-Sheikh (Egito). FOTO: Peter Dejong/AP Photo/KEYSTONE

Encerrada no último domingo, a Conferência das Partes do Egito (COP27) teve um desfecho favorável ao clamor de ambientalistas e representantes de nações do hemisfério Sul – onde está a maioria dos países mais vulneráveis ao aquecimento global: o compromisso dos países ricos e maiores emissores de carbono com a “justiça climática”.

Por outro lado, frustrou cientistas e outros tantos militantes da causa climática, pela falta de respostas à necessária redução drástica das emissões de gases nocivos à atmosfera, uma urgência eloquentemente reafirmada nos relatórios mais recentes do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês).

sábado, 5 de novembro de 2022

COP27: Conferência Climática da ONU tem desafios urgentes e Brasil não mais como ‘pária internacional’

Emissões poluentes em alta na Amazônia e outras partes do mundo devem recolocar meta por ‘neutralidade em carbono’ como prioridade

Manifestante em protesto por ação climática, em Toulouse (França), em 23 de setembro de 2022. FOTO: Alain Pitton/NurPhoto via AP

Conforme diz o comunicado da ONU, a 27ª Conferência das Partes sobre o clima (COP27) visa “renovar a solidariedade entre os países e concretizar os compromissos assumidos no Acordo de Paris (2015) em prol das pessoas e do planeta”.

Sob a liderança do presidente recém-eleito, Lula, o Brasil participa como potencial player dos acordos globais que estarão em jogo na COP27, que acontece em Sharm El-Sheikh, Egito, de 6 a 18 de novembro.

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Conferência Mundial do Clima: balanço da COP26 teria sido excelente se estivéssemos em 1992

Auspiciada por grupos econômicos que investem pesado em combustíveis fósseis, cúpula internacional gerou acordos insuficientes face à urgência climática

https://www.youtube.com/watch?v=KBpADeG3AEY

Se a Conferência das Partes (COP26), concluída no último sábado (13) em Glasgow (Escócia), avançou em alguns pontos específicos, como os acordos para a proteção de florestas e o controle de emissões de metano, globalmente frustrou cientistas e ambientalistas.

Marcada pela ausência dos dirigentes máximos de dois países entre os maiores poluidores do planeta, China e Rússia, a COP26 mostrou que a maioria dos compromissos assumidos no Acordo de Paris não foram cumpridos e que novos aportes financeiros para mitigar a crise climática devem ficar aquém do necessário.

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Conferência Mundial do Clima: começa a tão aguardada COP26, considerada um divisor de águas para a humanidade

‘Parem de cavar nossas próprias covas, salvem nosso futuro!’, conclama o secretário-geral da ONU aos chefes de Estado, na abertura da 26ª Conferência das Partes em Glasgow

FOTO: Guglielmo Mangiapane/Reuters https://www.nature.com/immersive/d41586-021-02815-w/index.html

Efusivo, o dirigente máximo da Organização das Nações Unidas, Antonio Guterres, fez um apelo na inauguração da COP26, para que “parem de brutalizar a biodiversidade, de queimar [nossas florestas], de extrair cada vez mais [do que a natureza pode repor]”. O tom certo para o momento de urgência climática que vivemos.

Enquanto isso, o representante do país que abriga o maior bioma tropical do planeta, ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, anuncia uma meta de redução de emissões “mais ambiciosa” para 2030, com vistas à neutralidade de carbono em 2050. “Promessa vazia”, reagem os especialistas.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Aquecimento global: qual a importância da COP26 e o que esperar dela?

Próxima conferência mundial sobre o clima acontece dias após anúncio do aumento recorde da concentração de CO2 atmosférico; o que esperar concretamente dos países mais poluidores?

IMAGEM: Getty/BBC https://www.bbc.com/afrique/monde-58970767

Às vésperas de mais uma cúpula climática global, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou nesta segunda-feira (25) que a taxa de aumento anual do CO2 equivalente despejado na atmosfera em 2020 foi “superior à média da última década”; sua concentração superou a marca de 413 ppm (partes por milhão).

Apesar da pandemia de Covid-19 ter reduzido drasticamente a atividade econômica no ano passado, a quantidade de gases de efeito estufa -responsáveis pelo aquecimento global- emitidos atingiu 149% do nível pré-industrial, ou seja, uma concentração 2,5 vezes maior do que há 150 anos.

sexta-feira, 30 de abril de 2021

França: neutralidade em carbono pode ser obtida em 2050 com sistema elétrico estável e forte participação de fontes renováveis, diz estudo

Mesmo com perfil de produção variável, energia eólica e solar poderão atender quase toda demanda de eletricidade do país

https://www.rte-france.com/actualites/rte-aie-publient-etude-forte-part-energies-renouvelables-horizon-2050

Para cumprir seus compromissos em prol do equilíbrio climático, a França aprovou recentemente a lei Energia-Clima e adotou uma Estratégia Nacional de Baixo Carbono (SNBC, em francês) para balizar sua transição energética.

A pedido do Ministério da Transição Ecológica, a Agência Internacional de Energia (AIE) e o gestor da Rede de Transporte de Eletricidade francês (RTE) elaboraram um estudo sobre factibilidade técnica de um sistema elétrico baseado majoritariamente em fontes renováveis.

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Brasil vai de pária à ameaça global com pandemia e questão ambiental

Descaso com floresta Amazônica põe país na berlinda em Cúpula de Líderes sobre o Clima

https://climainfo.org.br/2020/06/26/junho-registra-o-maior-numero-de-queimadas-na-amazonia-desde-2007/

40 líderes mundiais participam de discussões online nos próximos dias 22 e 23 para tratar de questões climáticas, com foco nos gargalos para cumprimento do Acordo de Paris pelos países mais poluidores. O evento é uma preparação para a próxima Conferência das Partes (COP26), a ser realizada em Glasgow (Escócia) em novembro.

Não bastasse a tragédia humanitária causada pelo negacionismo e omissões do governo federal no combate à pandemia de Covid-19, o Brasil é destaque internacional também pela desastrosa política ambiental inaugurada em 2019, responsável pela destruição acelerada da maior floresta tropical do planeta.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Clima: para limitar aquecimento global, produção mundial de combustíveis fósseis deve cair 60% até 2030, diz ONU

Relatório especial sobre perspectivas de demanda e produção de petróleo, gás e carvão adverte que previsão de alta dos países produtores ameaça meta de elevação da temperatura planetária em 1,5 oC

Central elétrica de carbono em Niederzier-Elsdorf, Nordrhein-Westfalen (Alemanha). FOTO: Sipa Press https://www.lopinion.fr/edition/economie/l-allemagne-fixe-a-2038-l-arret-total-centrales-a-charbon-175918

Por um lado, vários países, entre eles os mais poluidores, anunciam em 2020 compromissos alvissareiros com a neutralidade de carbono, mesmo em um cenário de retomada econômica no pós-pandemia. Por outro lado, no mesmo ano os maiores produtores de combustível fóssil sinalizam com planos de aumento da produção.

No último dia 2, pesquisadores do Programa da ONU para o meio ambiente (UNEP, na sigla em inglês) divulgaram o Production Gap Report (Relatório sobre Lacuna de Produção), em que defendem uma redução da produção global de combustíveis fósseis à razão de 6% ao ano na próxima década, para impedir o aumento da temperatura do planeta além de limites considerados sustentáveis.